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O dedo de Conte nos fatores extra-campo


Como se já não bastasse a batalha para se manter na briga das competições sofrendo com o elenco curto e a tantas lesões, fatores extra-campo ainda surgem para abalar mais ainda o ambiente do Chelsea. Mas até onde isso é prejudicial ou de certa forma benéfico ao time?

Para começar a explicar, teremos que voltar no tempo e lembrar da novela Diego Costa, que se arrastou durante meses na temporada passada e terminou no começo da atual. O atacante sempre deu uma forçada para retornar ao seu ex-time, o Atlético de Madrid, então durante um atrito dele com Antonio Conte, o treinador decidiu que o artilheiro não faria mais parte dos planos para 2017-18, coisa que reforçou uma certa moral de "autoritário" do italiano. A atitude, acatada pela direção do clube, gerou uma certa desconfiança e divisão entre os torcedores, pois como o clube iria repor um atacante do nível de Diego Costa? Então, a solução foi outro espanhol: Álvaro Morata. Grande expectativa criou-se sobre essa contratação, que custou £58 milhões, e por enquanto vem correspondendo à altura do investimento, o que leva à conclusão de que isso foi benéfico ao clube. Porém, muitos dos jogadores gostavam e ainda gostam de Diego Costa, o que pode ter criado uma certa mágoa deles sobre Conte, mas nada que a princípio destruísse a relação com o treinador.

Então, avançando um pouco no tempo e ainda falando de janela de transferências, a diretoria não fez um trabalho dos melhores, mesmo trazendo bons jogadores, já que vendeu e emprestou várias peças do elenco, coisa que irritou Antonio Conte. O Chelsea ficou com menos 20 jogadores considerados seniores no elenco, então teve que promover alguns jogadores da base para o time principal. Bom para os jovens, não tão bom para o time em questão de resultados por não ter tantos jogadores experientes para entrar e decidir os jogos.

Sendo assim, a temporada foi seguindo seu fluxo e aconteceram coisas que os torcedores já previam: lesões e resultados ruins. As lesões surgiram por causa da necessidade de forçar os jogadores ao limite por causa do elenco curto, e os resultados ruins foram consequência disso. Em um desses resultados ruins, outra polêmica envolvendo atrito de jogador com treinador aconteceu. O Chelsea foi jogar contra a Roma na Itália e só bastava vencer para garantir a classificação para as Oitavas de Final da UEFA Champions League, mas os Blues levaram um baile de El Shaarawy & Cia, no qual a zaga foi uma tristeza e isso levou Antonio Conte a soltar os cachorros com o time no vestiário pós derrota. Eis que o zagueiro David Luiz questionou as táticas do treinador, de certa forma com razão, e Conte decidiu barrá-lo do jogo seguinte, contra o Manchester United, alegando ser uma "decisão tática", ironizando. O time até venceu e não sofreu sustos contra os Red Devils, porém mais uma vez Conte ficou com fama de autoritário.



E na mesma semana, após uma reunião no clube com a participação de Antonio Conte, o diretor técnico do clube, Michael Emenalo, pediu demissão alegando ter proposta de outro clube. Emenalo não tinha muito carinho por parte dos torcedores pelas fracas janelas de transferências recentemente, inclusive por parte de Conte, que sempre quis alguns que alguns jogadores fossem contratados, mas a direção não dava o aval.

O que isso tudo quer dizer? Que Antonio Conte vem ganhando cada vez mais "poder" no Chelsea. Seus métodos e atitudes que beiram o radicalismo, a princípio podem não agradar a todos, incluindo jogadores, mas vêm dando certo e têm a confiança de Roman Abramovich para que aconteçam. Ele não é perfeito e não é Deus, porém vem fazendo mudanças cirúrgicas no time. Ele nos deu uma Premier League com um elenco não tão forte e pode fazer muito mais se tivermos um elenco forte. Cabe a nós confiarmos e termos paciência com o italiano, mesmo que algumas escolhas dele não sejam boas.
Arthur Cavalcanti

Arthur Cavalcanti

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